[kri :s]


1 de Março a 16 de Abril, Galeria Fernando Santos, Porto

Um máximo de matéria para um mínimo de extensão. É assim que surgem as pregas, sobre um tecido, mas também, e metaforicamente, na superfície em que se inscreve a nossa experiência do mundo. Longe de poder ser alisada, transforma-se numa complexa estrutura onde a informação, os resíduos e impurezas se vão acumulando.


[kri :s] é a tradução fonética da palavra de origem anglo-saxónica crease, que em português significa dobra, engelha ou prega. Mais do que um intermediário, esta representação de crease, revela-se a essência da palavra, na medida em que simultaneamente nos indica como deve ser pronunciada e como pode ser entendida, activando assim o seu significado.

Assim, há que sublinhar o facto de crease e crise serem palavras homófonas, ainda que com significados distintos na linguagem corrente, neste contexto, esta coincidência tende a ser mais do que fonética. Prega remete para a noção de multiplicidade, algo que é complicado, dobrado muitas vezes, de tal forma que não exista num estado inteiramente “por dobrar”. Num processo de aproximação à verdade — que não está simplesmente escondida atrás de um véu — desdobrar, explicar, produz sempre novas dobras, que incitam a um contínuo repensar. O conhecimento é o resultado do desdobrar, desenvolver de algo que está comprimido, enovelado.

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